Por: Ricardo Neto, Jornalista da Agência STP-Press
São-Tomé, 02 Fev (STP-Press) – São-Tomé e Príncipe comemora sexta-feira, dia 3 de Fevereiro, o dia de mártires da repressão colonial, com a grande marcha da liberdade a partir da capital São-Tomé até, a zona de Fernão Dias, distrito de Lobata, no memorial do histórico Massacre-53, o local da cerimónia central a ser presidida pelo Presidente da República, Evaristo Carvalho.
Além de discursos e a homilia religiosa bem com o acto de deposição de coroa de flores no memorial dos mártires, a cerimónia central em Fernão Dias marca o ponto mais alto das homenagens iniciadas ao longo da semana com várias manifestações político-culturais e desportivas.
03 de Fevereiro de 1953, é uma data relevante na história da luta de libertação nacional, uma vez que marcou o início de uma revolta contra a ocupação colonial portuguesa de cerca de 500 anos (1470-1975) e que ceifou vida de muitos nativos da ilha de São-Tomé que se oponham as acções do então governador português Carlos Gorgulho.
A data simboliza a determinação, o patriotismo e coragem de muitos compatriotas são-tomenses que contribuíram com ações de revolta, outros com a própria vida, para a germinação da liberdade, tendo como prelúdio os acontecimentos do histórico 3 de Fevereiro de 1953, que culminou no dia 12 de Julho de 1975, com a proclamação da Independência Nacional de São-Tomé e Príncipe.
Segundo os historiadores, estima-se que pouco mais de mil nativos da ilha de São-Tomé foram torturados até a morte durante a ofensiva militar do então governador português Carlos Gorgulho, numa tentativa de contratação para trabalho forçado nas plantações de cacau e café.
O s acontecimentos do Massacre-53 também apelidado de Massacre de Batepá bem como Guerra da Trindade ou ainda, simplesmente de 03 de Fevereiro, tiveram maiores proporções em Batepá e Trindade, cidades do distrito Mezochi, ondem deram-se inicio a violência e a tortura que culminavam em sangue e morte, na histórica zona de Fernão Dias.
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