Governador do Banco são-tomense anuncia crescimento do PIB em 4%

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São-Tomé, 29 Dez ( STP-Press ) –  O governador do Banco Central de São-Tomé e Príncipe, BCSTP, Hélio Almeida anunciou, esta manhã no tradicional balanço económico do fim do ano, que  a economia são-tomense deverá registar um crescimento do PIB na ordem de 4%,  a inflação deverá manter-se em 6,5 %, tendo perspetivado para 2018 um crescimento de 5 % em matéria de estabilidade de preços.

Citando as estimativas ainda provisórias, Hélio Almeida disse que “ a economia deverá registar no fim do exercício, um crescimento do Produto Interno Bruto, PIB na ordem dos 4% em linha com crescimento registado nos últimos dois anos” tendo referenciado a contribuição do sector do turismo em parceria com as áreas de construção, comércio e domínio financeiro.

Tendo estimado que “ a inflação se mantenha a um dígito, situando-se em 6,5%” o governador do Banco Central são-tomense fez referência aos choques do lado da oferta de produtos locais terem registados “alguma pressão inflacionista, sazonal” nos meses de Abril e Junho tendo contribuído para uma inflação acumulada de 6,1 % até Novembro contra os 5,4 % do período homólogo.

No contexto de estabilidade de preço, Hélio Almeida perspectivou para o ano de 2018 “ um crescimento na ordem de 5 %, sustentado, em grande medida por investimento público” tendo defendido “ a revitalização do sector privado” para impulsionar as exportações bem como o reforço do processo de convergência nominal e da sustentabilidade do regime cambial fixo em vigor.

O crédito a economia apresentou um incremento na ordem de 3% insuficiente para fazer face a tendência contracionista da massa monetária, que registou uma diminuição de 6%. disse o governador tendo sublinhado que o rácio de liquidez do sistema bancário situou-se em  60 %, nível muito elevado acima dos valores de referencia (20%).

As importações de bens ascederam a 108 milhões de dólares, representando um incremento em trono de 12% face  ao período homologo enquanto as importações de bens de capital aumentaram em 26,3 % sugerindo uma “maior contribuição das importações para a formação bruta de capital fixo”.

Disse ainda que as exportações registaram nos primeiros onze meses, “um modesto crescimento em 3,5 %” face ao igual período anterior, resultante da redução no volume das exportações de cacau que sofreu um decida em cerca de 33% do preço desta commodite no mercado internacional, tendo-se resultado numa situação deficitária nos saldos da balança comercial e da conta corrente.

Relativamente a reforma monetária de 2018 que visa o reforço da confiança em Dobra (a moeda são-tomense) – o governador do Banco são-tomense sublinhou que “ a introdução da nova família da Dobra com corte de 3 zeros exige de todos são-tomenses um esforço inicial de apropriação e conversão” tendo apelado envolvimento de todos na consolidação desse “bem público”.

Fim/RN

 

4 COMENTÁRIOS

  1. Com o crescimento de apenas 4% e 5% do PIB nacional, nos anos após advento a democracia, São Tomé e Príncipe, tal como África, estarão distantes para a projeção do desenvolvimento sustentável, continuará haver muita pobreza, miséria e fome.Pois para que haja desenvolvimento sustentável condição essencial que o crescimento anual seja de dois dígitos, que a inflação se mantenha no um dígito, de preferência na ordem 1, 2, 3%, mas como produzimos pouco e pouca diversificação da oferta dos produtos e serviços, juntando a nossa dupla insularidade, isolamento, temos pela frente uma longa caminhada.
    Basta olhar para os números da importação e compararmos com a exportação para termos a noção do défice da balança comercial e perceber a nossa dependência económica financeira externa.
    Embora existam céticos nesta matéria, com a aposta somente na produção de cacau jamais iremos lá, é necessário olhar para as pessoas recursos humanos, o mar, o desenvolvimento do sector imobiliário, desenvolver o sector da pequena indústria nacional, seja a culinária, o sector têxteis, agrícola, agrário pecuária, a pesca, o sector energético, o sector do transportes marítimo, terrestres, aéreos, aposta séria nos benefícios do uso e controlo das tecnologias de informação e comunicação a nível social, económicos e financeiros, etc, etc, sem esquecer a preservação ambiental.

  2. Definir o que se pretende de facto para o futuro da nossa economia das nossas finanças e sistema financeiro, não as ajudas externas.
    Pois que apesar de sermos um Território/População/Administração de dimensão pequena, podemos conseguimos nos transformar-mos com políticas ambições certas, de modo atrair investimentos externos, mudanças no paradigma da diversificação económica e financeira e na divisão do trabalho, aproveitamento da localização geo estratégica que temos, em relação ao bloco em encontramos inserido continental mundial.
    Há que deixar as querelas políticas de lado, e nos organizar-mo-nos, como povo, como território, como administração, trabalhar arduamente, para inversão do quadro actual. Pois quantos mais tempo perdemos, menos hipóteses teremos no futuro para o desenvolvimento sustentável.
    Devemos tornar as nossas instituições nacionais fortes, há altura da exigência e desafios emergentes, a nível social, cultural, desportivo, ambientais, político, económicos e financeiros, a nível local, regional, mundial.

  3. A normalização das instituições do sector da justiça deve ser a condição sinequanon, para a mudança do paradigma handicap social, cultural, desportivo, ambiental, político, económicos financeiro em que encontramos mergulhado.

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

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