Texto: Ricardo Neto *** Foto: Lourenço Silva
São-Tomé, 01 Marc ( STP-Press ) – A segunda maior força da oposição parlamentar são-tomense, PCD manifestou a disponibilidade para analisar em conjunto com o partido no poder ADI a criação do Conselho Nacional de Justiça bem como o projecto que a altera a lei orgânica do Tribunal Constitucional, – anunciou hoje líder parlamentar do PCD, Danilson Cotú.
Em comunicado assinado por Danilson Cotú enviado à STP-Press, o Partido da Convergência Democrática, PCD, anuncia que a disponibilidade surge na sequência da abertura do grupo parlamentar do ADI para encontrar consensos no diferendo relacionado com a constituição do Tribunal Constitucional bem como a criação do Conselho Nacional de Justiça, proposto por um grupo de cidadãos.
“ Estamos certo de que o Amor à STP será sempre motivo para deixarmos de lado as nossas divergências ideológicas/partidárias”- lê-se no documento do PCD tendo acrescentado que “ aguardamos com ansiedade a reacção do Grupo Parlamentar do ADI para podermos agendar, o tão urgente quanto possível, um encontro formal para analisarmos juntos o supracitado projecto de alteração a Lei”.
Tendo declarado “um imperativo para a moralização do Estado e reforço da nossa ainda jovem democracia” PCD liderado por Arlindo Carvalho considera que a constituição do Tribunal Constitucional e a criação do Conselho Nacional de Justiça são “questões determinantes para a melhoria do ambiente político, jurídico e institucional fundamental” para a estabilidade social numa perspectiva do desenvolvimento do País.
Esta disponibilidade de diálogo surge uma semana depois do próprio PCD em conjunto com outras forças da oposição parlamentar são-tomense, MLSTP-PSD e UDD terem admitido a hipótese de não participarem nas próximas eleições previstas para Outubro, caso o poder sustentado por ADI não retroceder da decisão que gerou a criação do Tribunal Constitucional considerado pela oposição de ilegal.
Apesar de se ter manifestado ao diálogo visando a criação do Conselho Nacional de Justiça, o partido no poder ADI afastou qualquer hipótese de “retorno” na decisão parlamentar do seu partido que gerou a criação do Tribunal Constitucional, tendo alegado que “na democracia é o povo quem mais ordena” com tal “a maioria não deve estar ao reboque da minoria”.
Fim/RN