Por: Manuel Dênde, Jornalista da Agência de Noticias STP-Press
São Tomé, 10 de Out. 2019 (STP-Press) – Assembleia Nacional (Parlamento) de São Tomé e Príncipe deu oito dias, a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) para apresentar no país, um cidadão São-tomense, pastor desta congregação que se encontra em prisão na Costa do Marfim.

Ultimato das autoridades São-tomenses é revelado por Alda Ramos, Deputada e Porta-voz da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que reuniu e auscultou, após segunda convocatória, o Bispo da IURD, Rangel Silva, entidade máxima da IURD em São Tomé e Príncipe.
“A igreja deve assumir” apresentar o cidadão São-tomense no País, caso contrário “nós accionaremos outros mecanismos para não existir mais esta igreja cá em São Tomé e Príncipe”, disse aos jornalistas Alda Ramos da CPI.
A Porta-voz informou que durante uma audição de mais de duas horas com membros de 1ª e 4ª comissão parlamentares, o Bispo Rangel Silva assistido pelo seu advogado entrou em contradição e as explicações sobre “a situação do nosso cidadão [São-Tomense] não nos convenceram”.

“Entendemos que a igreja tem toda a responsabilidade de trazer de volta o cidadão Iudmilo Veloso”, disse Alda Ramos, considerando que a responsabilidade pelo bem-estar daquele cidadão é “responsabilidade da Igreja Universal”, que “deverá accionar todos os mecanismos possíveis para que regresse rapidamente ao país”, acrescentou a Porta-voz.
“Nós entendemos que a Igreja Universal violou o direito humano, tendo em conta que o cidadão foi condenado a um ano de prisão e nem sequer teve direito a um advogado. Isso não é possível, é uma violação dos direitos humanos”, disse Alda Ramos.
A Porta-voz do Parlamento São-tomense disse que caso a IURD não assuma as suas responsabilidades de colocar Iudmilo Veloso em São Tomé dentro do prazo estipulado, a congregação religiosa poderá vir a ser banida no País.
Agência STP-Press sabe que autoridades parlamentares aguardam a evolução da situação para em situação de não cumprimento do prazo, para se accionar medidas judiciais compreendendo Ministério Público para se viabilizar medidas judiciais contra a IURD.
“Se eles não despacharem, seremos obrigados a tomar outras decisões”, garantiu a responsável parlamentar.

A polémica surge na sequência de uma ruptura entre o tal Pastor, Iudmilo Veloso e a IURD na Costa do Marfim, tendo o primeiro sido acusado de ter postado situações alegadamente incomodas contra esta Igreja através de Facebook.
E descoberto com auxílio das autoridades policiais científicas ivoirenses, Iudmilo Veloso, há 11 anos na Costa do Marfim, viu-se detido e entregue as autoridades judiciais que o julgaram sem defesa e condenaram-no a 12 meses de prisão.
A sua mulher, grávida, Ana Paula Veloso, foi há mais de um mês deportada para São Tomé, na companhia de um filho menor e para o sustento da mesma mulher, deram-na dois mil dólares.
A margem da entrevista com jornalistas as quais assistiu, a esposa, os ânimos exaltaram, tanto esta como a mãe do cidadão São-tomense protestaram gritando diante do Bispo Brasileiro e exigiram ao mesmo a presença do Pastor Iudmilo Veloso em São Tomé.

“Eu quero meu filho, ele custou-me Bispo”, afirmou, implorando para o Bispo, por favor entenda sofrimento de uma mãe. Quero meu filho, Sr. Bispo, por favor”, implorou a mãe do cidadão Iudmilo Veloso.
“A igreja não fez nenhuma queixa contra o Pastor, a igreja fez queixa contra o perfil falso na internet que estava denegrindo a imagem da igreja, dos pastores e dos missionários”, explicou, em resposta, o Bispo Ranger da Silva.
“Foi um crime cibernético que levou o Pastor Iudmilo Veloso a prisão”, disse o Bispo.
A denúncia da prisão do cidadão São-tomense na Costa do Marfim foi feita pela esposa que revelou outros episódios, incluindo a exigência de uma vasectomia ao seu marido.
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