Texto: Ricardo Neto ** Foto: Lourenço da Silva

São-Tomé, 05 Maio 2020, ( STP-Press ) – O Presidente da Associação de Medicina Tradicional de São Tomé e Príncipe, Amâncio Valentim disse hoje ter produzido um xarope de plantas tradicionais locais apelidado de “ Xarope Antivírus-Covid-19” com capacidades medicinais, segundo ele,  para atender os sintomas do novo coronavírus [ a Covid-19 ].

Sem qualquer base científica, o praticante da medicina tradicional são-tomense explicou que o seu xarope resulta de um composto de quatro plantas medicinais são-tomenses, designadamente, “o gueguê, a artemísia, o quiabo e a quina, contendo, prioridades, “antiviral, anti-palúdica, combate a bronquite, tosse, dor de cabeça e outros males”.

Além de se referir ao atendimento “a tosse prolongada, cancera, hipertensão e diabete”, o curandeiro explicou que para prevenção do vírus, o xarope em causa deve ser tomado “dois cálices três vezes ao dia enquanto para tratamento 4 cálices 4 vezes ao dia”, tendo aconselhado que para o seu uso deve-se antes consultar um profissional da suade [medicina cientifica], sobretudo, em caso dos hipertensos e diabéticos.

Tendo lançado o xarope há pouco mais de uma semana, Amâncio Valentim falou de “resultados positivos” por parte de algumas pessoas já atendidas por ele e, “algumas delas com alguns sintomas do novo coronavírus”, sublinhando que “ comecei primeiramente a atender alguns familiares meus e, hoje já estou a receber varias solicitações…”.

Há pouco mais de um mês, numa anterior entrevista a STP-Press, o Amâncio Valentim já havia admitido a hipótese de existência de plantas são-tomenses com capacidades medicinais para impedir” uma eventual “contaminação” desse vírus.

A artemísia um das quatro plantas que compõem o xarope produzido por Amâncio Valentim é a base principal de um remédio tradicional fabricado em Madagáscar e que tem sido aplicado para o tratamento do novo coronavírus [ a Covid-19], e, lançado pelo próprio o presidente malgaxe Andry Rajoelina.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou hoje que reconhece os benefícios da utilização de formas de medicação tradicionais, em particular em África, saudando a utilização destes na procura de terapias no combate à covid-19, desde que clinicamente comprovados.

Dados das últimas 24 horas dão conta que São Tomé e Príncipe tem um registo de um total de 174 casos de coronavírus, tendo-se já registado 4 recuperações e três mortes.

Fim/RN

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