Por Manuel Dênde, Jornalista da Agência de STP-Press
São Tomé (São Tomé e Príncipe), 04 Abr. 2022 (STP-Press) – Autoridades aeronáuticas de São Tomé e Príncipe diligenciam-se para repor a ligação aérea com os países, nomeadamente do Golfo da Guiné na sequência da suspensão de voos da companhia gabonesa Afriject.
Recorde-se que a companhia aérea gabonesa pôs termo aos voos para São Tomé na sequência de uma polémica, resultante do não pagamento aa Empresa Nacional de Aeroportos e Segurança Aérea (ENASA) de São Tomé e Príncipe das taxas pela Afriject, acumuladas em mais de 200 mil Dólares.
Assim, a luz de uma medida coerciva usada pela ENASA a qual compreendeu o bloqueio da descolagem de um avião da Afriject, no Aeroporto Internacional de São Tomé, esta viu-se obrigada a pagar 60 mil Dólares, valor correspondente a 40% da dívida global.
Na sequência deste incidente, o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), entidade reguladora local, decidiu pôr fim ao monopólio de algumas companhias aéreas na rota entre São Tomé e a sub-região da África central.
Segundo Vladimir Vera Cruz, administrador técnico do INAC, em declarações a um jornal local, “Telanón”, disse que o país poderá em breve beneficiar de ligações aéreas seguras e contínuas.
A STP-Press sabe que a INAC está em negociações avançadas com duas companhias aéreas para repor a tal ligação de São Tomé para a sub-região de África Central, compreendendo o circuito Libreville, Malabo e Douala (nos Camarões) para o qual se conhecerá em breve a solução.
A ligação aérea entre a ilha de São Tomé e a ilha do Príncipe, foi, igualmente, afectada na sequência da falta de um avião.
Vladimir Vera Cruz, membro do conselho de administração para área técnica, disse que a STP-Airwais já resolveu o problema com recurso a um meio aéreo vindo de Luanda.
O INAC confirmou que a guerra na Europa, nomeadamente na Ucrânia com a Rússia, esteve na base da recente suspensão dos voos entre as duas ilhas para os quais a aeronave que assegurava a rota viu-se privada de certificado de segurança emitido em Kiev (capital da Ucrânia).
A resolução pela INAC impõe-se com alguma urgência, segundo Vera Cruz, tendo em conta a procura de turistas pelo destino São Tomé ao qual se acresce a necessidade de transporte de mercadorias pelos negociantes que se deslocam à Libreville, no Gabão e Douala, nos Camarões.
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