São-Tomé, 06 Jun 2024 (STP-Press) – Vinte e cinco famílias, cujas habitações se encontram em zonas de risco, na Vila de Santa Catarina, extremo norte do país, receberam na terça-feira (04) nova habitação.

Composta por dois quartos, uma sala mista, uma cozinha, uma casa de banho e varanda, as habitações vêm já equipadas com canalização de luz eléctrica e água potável.

A construção das 25 habitações faz parte do projecto WACA, financiado pelo Banco Mundial, que visa retirar as famílias das zonas de risco, devido às alterações climáticas, e mudá-las para “zonas de expansão segura”.

A entrega das 25 habitações às 25 famílias foi testemunha pela vice-presidente do Banco Mundial para a África Austral e Oriental, Vitória Kwakwa, que se encontrava de visita de trabalho de três dias ao país, à frente de uma delegação de quinze técnicos, pelo ministro das Infraestruturas e Recursos Naturais, José Carvalho Rio, e por responsáveis e técnicos do projecto WACA – Projecto de Gestão das Áreas Costeiras da África Ocidental.

Antes do acto da entrega, a vice-presidente do Banco Mundial, dirigindo-se aos presentes e aos beneficiários, afirmou que o estabelecimento da zona de expansão segura “é um passo digno que é simplesmente o começo da resiliência da Vila de Santa Catarina e de outras comunidades, num total de seis áreas por todo o país” e que com o projecto WACA+ (mais), “vamos poder construir mais casas para poder ajudar às pessoas a serem resilientes às mudanças climáticas”.

Vitória Kwakwa apelou, no entanto, à população para manter a zona limpa e aconselhou-a “a não fazer a prática de abuso de extracção ilegal de areia”.

O ministro José Carvalho Rio, em nome do Governo, salientou a importância das novas casas para a “segurança das pessoas e a melhoria da sua condição de vida”, dando os parabéns as vinte e cinco famílias beneficiadas.

“À semelhança da Vila de Malanza, a sul do país, a população de Santa Catarina está de parabéns”, disse o ministro José Rio, sublinhando que “o governo não vai ficar por aqui, vai continuar a construir mais casas, de acordo às necessidades da população”.

O coordenador do projecto WACA, Arlindo Carvalho, explicou as opções que haviam para a construção, se seriam casas de alvenaria ou de madeira, e que preferiu casas de madeira para evitar a extracção de areia, e que “o projecto teve que plantar cinco mil árvores para compensar as que foram abatidas para construção”, e que  o projecto teve inicio há sete anos.

Arlindo Carvalho anunciou para Agosto e Setembro a construção de mais vinte casas para outras famílias, também de Santa Catarina, que vivem em zonas de risco. O coordenador acrescentou que as habitações em zonas de risco, cujos proprietários beneficiaram de casa nova, vão ser destruídas, e que o local vai ser aproveitado para zona de lazer e actividades turísticas.

Presente também na cerimónia, o presidente da Câmara Distrital de Lembá, Guilherme Inglês, agradeceu o WACA e o Banco Mundial, por considerar que “tirar as pessoas das zonas de risco para a zona de expansão segura é motivo de muita alegria”.

Fim/JS

 

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