São-Tomé, 29 Nov. 2024 ( STP-Press ) – Dezenas de pessoas manifestaram-se esta quinta-feira na capital são-tomense reclamando justiça no caso 25 de novembro de 2022 , em que quatro pessoas foram mortas no quartel militar na sequência de uma alegada tentativa de Golpe de Estado.
A manifestação durou cerca de uma hora e culminou na Praça Yon Gato, a poucos metros do gabinete do primeiro-ministro e chefe do governo.
Durante o acto os manifestantes pediram ao Presidente da República para tornar público um relatório feito por uma missão da Comunidade Económica da África Central (CEEAC) que esteve no país na sequência do acontecimento de 25 de novembro de 2022.
Um das manifestantes, Maisa Silva, esposa da vítima conhecida por Armando, disse a imprensa que “até hoje, nós estamos atrás de justiça, não temos nada. Ninguém diz nada, ninguém fala nada e nós estamos assim. Armando morreu, deixou três filhos menores”.
Outro manifestante, Miguel Mota disse que “ exigimos que a justiça seja feita. Ministério Público e Tribunais têm de agir. Ninguém está acima da lei. O lugar de criminosos na cadeia”.
Após os acontecimentos de 25 de novembro, o Ministério Público promoveu a acusação contra mais de 20 militares, incluindo altas chefias, num processo que acabou por ser remetido para o Tribunal Militar, que por sua vez, há mais de um ano reclama meios para o seu pleno funcionamento.
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