São-Tomé, 8 Abr 2025 ( STP-Press ) – Um funcionário do Tesouro do Estado são-tomense foi detido na sequência da operação SAFE, conduzida pelo Ministério Público no âmbito da investigação judicial de uma alegada rede fraudulenta de desvio de fundos públicos, soube hoje a STP-Press de fonte judicial.
“A operação SAFE, voltada para a administração das contas do Estado, segue em andamento. No momento, não posso fornecer mais detalhes, pois o processo está sob segredo de justiça”, declarou Kelve Nobre de Carvalho, Procurador-Geral da República.
Kelve Nobre de Carvalho assegurou que “a realização de verificações, buscas e apreensões em ministérios e setores do Estado é uma prática comum do Ministério Público”.
Fontes judiciais asseguram a STP-Press que no âmbito desta operação SAFE, o Ministério Público (MP) já procedeu buscas e apreensões de vários documentos, no gabinete do primeiro-ministro e em vários Ministérios, estando o Governo a garantir colaboração, apesar de desconhecer a origem da operação.
Hoje questionada pela imprensa sobre esta operação SAFE que atingiu também o ministério dos Negócios Estrangeiros, a ministra titular da pasta, Ilza Amado Vaz disse desconhecer a causa das buscas e apreensões, admitindo “trata-se de um processo judicial e, de acordo com as regras, não têm que comunicar” as suas ações.
“Não tenho informação sobre o processo, nem de que processo se trata, mas sei que é uma investigação em curso com autoridades competentes e só temos é que colaborar”, disse Ilza Amado Vaz, ex-ministra da justiça.
Além de cinco agentes do Ministério publico, a operação SAFE conta ainda com colaboração de 14 agentes da Polícia Judiciária e 14 da Polícia Nacional.
Fontes judiciais adiantaram que esta operação SAFE surge na sequência da outra apelidada da “operação pensionista” que investiga o desvio de cerca de quatro milhões de euros de créditos da Segurança Social.
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