Domingo, Dezembro 14, 2025
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“O nosso sangue não pode ter sido vertido em vão”

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Por: Telmo Trindade, Jornalista da Agência Notícias STP-Press

São-Tomé, 25 Jun ( STP-Press) – Com a despedida do mês de Junho, avizinha-se o momento de mais uma celebração da independência do arquipélago africano de São-Tomé e Príncipe, no Golfo da Guiné.

Após pouco mais de quinhentos anos sob o jugo de Portugal, estas ilhas, a custo de seculares sacrifícios, entre aventuras, prisões, torturas e mortes, acabariam finalmente, perante o mundo,  por se libertar das amarras da escravidão no dia 12 de Julho de 1975. No próximo mês, serão completados 45 anos de independência. Independência versus Liberdade.

Liberdade. Que alívio!

Com essa tal liberdade e o consequente alívio do peso da colonização, o jovem Estado viveu 15 anos dum chamado Regime Único para depois a partir da década de 90 passar para a democracia multipartidária. Resultado: múltiplos partidos, interesses desenfreados pelo poder com todo o tipo de conflitos dentro e fora de organizações politicas, com sucessivas quedas de governo sempre a comprometerem a continuidade do Estado que, assim, não consegue ter Autoridade face a Fragilidade que não lhe dá nem forças nem tempo para se organizar.

Mas um País, para se prezar como tal, tem que ter esta tal máquina de nome Estado, funcionável, respeitável, credível.

Porém, qualquer Estado, seja ele verde, amarelo, vermelho, preto ou branco, pequeno ou grande, magro ou gordo, tem um líder.

Melhor opinando, deve ter um líder, o designado Chefe de Estado, que para o cargo é eleito, conforme a sua postura como cidadão e a forma consequente como consegue convencer aqueles que são chamados às urnas.

Em São-Tomé e Príncipe, chora-se muito, lamenta-se muito. Tanto letrados como iletrados adquiriram o vício de apontar dedos, acusando o povo de não saber votar, não saber fazer escolha. E eu a perguntar afinal se quem acusa não faz parte do povo.

De qualquer forma, é preciso amadurecimento, pois a falta de conhecimento gera sofrimento.

Neste pequeno país, e pela prática já era de esperar, já se vislumbram movimentações na mira de eleições presidenciais previstas para o ano que vem. E claro, já se falam de nomes.

Seriam bom que no momento das campanhas, os candidatos fossem todos eles submetidos a debate directo através da comunicação social. O convite seria previamente feito e aquele que não aceitasse ou que a última hora não comparecesse, seria considerado desistente da corrida.

O eleitor tem que conhecer bem a figura em que vai depositar o seu voto de confiança.

Os sacrifícios para a independência não podem ter sido em vão.

Fim/TT

Jorge Bom Jesus visita obras, pressiona para conclusão e projeta inauguração já para 12 de Julho

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Por: Ricardo Neto e Jorge Lazaro da Agência de Noticias STP-Press

São-Tomé, 24 Jun 2020 (STP-Press) – O primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus visitou hoje várias obras em curso no País, tendo pressionado empresas a concluí-las dentro do prazo para que algumas sejam inauguradas no dia 12 de Julho, data da independência nacional, alegando que o “País só avança com obras concluídas”.

“Visitamos a ponte [Rio Agua Grande na Capital de São Tomé], passamos por outras obras como a Escola de Monte Café, a Fabrica de Agua [Distrito de Mezhoche] e estamos no troco de estrada de Palha” – disse Jorge Bom, citando os locais visitados, tendo sublinhado que “estamos aqui para colocar um bocado de pressão sobre andamento dessas obras”.

 “Algumas [obras] nós gostaríamos de inaugurar ainda nesta quadra festiva de 12 de Julho, esperemos que possamos conseguir”, – acrescentou Jorge Bom Jesus, sustentado que “São Tomé e Príncipe tem de avançar e só avança com obras concluídas”.

Tendo defendido “a necessidade de relançamento económico-social e financeiro do País”, sobretudo, no período da retoma económica pós-Covid-19, Jorge Bom Jesus argumentou que “o Estado precisa de investir para relançar a economia”.

 “As vezes fico surpreendido quando determinados políticos querem assumir a paternidade de determinadas obras” disse Jorge Bom Jesus tendo sublinhado que “elas [as obras] são de São Tomé e Príncipe, cada um de nós está a dar a sua quota-parte” e que “ portanto, há continuidade de Estado, cada um de nós está a serviço da República”.

“O governo está a fazer tudo para que época pós-Covid-19 possa conhecer outra dinâmica para podermos recuperar o tempo perdido”, disse Jorge Bom Jesus, sublinhando que “ a esperança é ultima coisa a morrer, mas a fé não pode morrer”.

Fim/RN

Covid-19: São Tomé e Príncipe regista mais 1 óbito, 3 casos novos e total vai para 710 na estreia do PCR

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Texto: Ricardo Neto e Leonel Mendes * Foto: Lourenço da Silva

São-Tomé, 24 Jun ( STP-Press ) – São Tomé e Príncipe registou hoje mais uma morte por Covid-19, no dia em que laboratório PCR entrou em funcionamento com registo de mais 3 casos positivos, subindo para um total de 710 casos por acumulação -, anunciou hoje a porta-voz do ministério da Saúde, Isabel Santos.

De acordo com o boletim epidemiológico, a nova morte devido coronavírus tratou-se de uma mulher de 53 anos do distrito de Mezoche que faleceu no hospital de campanha, subindo de 12 para 13 o número total de morte por Covid-19 já acumulados no País.

O documento revela que nas últimas 24 foram realizados um total de 10 testes PCR, sendo, 6 negativos e 4 positivos, dos quais, somente 3 são casos novos.

O documento anuncia um total de 710 casos positivos por acumulação, dos quais, 483 encontram-se em isolamento domiciliar, 3 internados no hospital de campanha, tendo o número de recuperações subido de 208 para 211 recuperados.

A porta-voz do ministério da saúde anunciou 1 paciente suspeito nos serviços sintomáticos respiratórios e uma pessoa em isolamento domiciliar na Região Autónoma do Príncipe.

Fim/RN

Dia Olímpico: Governo planta árvore de “esperança” para garantia da autosuficiência alimentar

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Por: João Soares, da Agência de Noticias STP-Press

São-Tomé, 24 Jun ( STP-Press ) –  O primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus presidiu terça-feira a cerimónia do Dia Olimpico em Folha Fede, distrito de Mezoche, onde liderou  um  acto de plantio de árvores, tendo declarado que “estamos a plantar a espenança” para o reforço de “autosuficiencia alimentar” no País.

Cerca de 40 árvores de frutos foram plantadas no recinto do jogo de campo de Folha Fede, na presença do primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, os ministros da Juventude e Desporto, Vinício Pina, ministro de Agricultura, Francisco Ramos e João Costa Legre, presidente do Comité Olímpico Nacional.

Durante o plantio, o  Primeiro-ministro disse que, ‟estamos a plantar a esperança, e a conciliar tudo ao mesmo tempo, ao nível da cultura física, educação alimentar e sobretudo todo esse esforço para autosuficiencia alimentar”.

‟Eu acho que essa juventude que aqui está a ajudar a plantar isso, estamos a replantar São Tomé e Príncipe e é mesmo plantar a esperança‟, disse Bom Jesus.

Enquanto para o Ministro de Agricultura Desenvolvimento Rural, Francisco Ramos, explicou que o desporto e agricultura devem andar de mãos dadas,, sublinhando que ‟o desporto está casado com agricultura, portanto não podemos desassociar esses elementos, no entanto a minha presença aqui demostra que não há Ministério de Agricultura sem desporto, não há desporto sem ambiente e não há ambiente sem comida‟.

Por sua vez o ministro Vinicio de Pina, afirmou que, ‟esta presença significa de facto um trabalho conjunto que está sendo realizado entre Comité Olimpico e o Governo através do Ministério da Juventude e Desporto e de mãos dadas acreditamos que conseguiremos desenvolver mais o desporto nacional‟.

Para o Vinicio de Pina, ‟estamos aqui neste acto de comemoração do Comité Olimpico demostrando que o desporto contribui para o desenvolvimento, e estamos a fazer o plantio das árvores de fruto dentro de aquilo que é a linha do Governo para plantar e, posteriormente ser colhido”.

‟O desporto está de parabéns, é verdade que nós estamos num momento bastante difícil na questão de Covid-19‟, disse ministro Vinicio de Pina, acrescentando que ‟a mensagem é de incentivar os atletas, deixar mensagem de encorajamento para que próximo ano possamos estar aqui de forma mais activa a comemorar esta data‟.

Fim/JS

Covid-19: Comerciantes defendem: “Temos de atacar a doença, mas, também salvaguardar a economia”.

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Por: Jorge Lázaro e Ricardo Neto da Agência de Notícias STP-Press

São-Tomé, 24 Jun ( STP-Press ) –    Um grupo de comerciantes da capital de São Tomé considera que “ negócio está frio e pouco movimentado”, mas, congratula-se com reabertura do comércio à tempo reduzido, tendo, quase por unanimidade, sublinhado que “temos de atacar a doença[ Covid-19], mas, também ter cuidado de salvaguardar a economia”-, de acordo com depoimentos recolhidos hoje pela STP-Press em plena capital do país.

“O negócio está frio e com pouca movimentação” disse Stela Adetok, de nacionalidade nigeriana, representante da casa comercial “GOD IS OUR STRENGHLIMITAD”, tendo acrescentado que “apesar desta situação pouco favorável aos comerciantes, congratulamos as medidas lançadas pelo governo para a proteção a saúde porque a vida está em primeiro lugar”.

Tendo ainda congratulado com reabertura do comércio mesmo ao horário limitado, a comerciante defendeu que as medidas restritivas devem ser proporcionais em função de evolução da doença, sobretudo em conexão com o aspecto económico- financeiro, alegando que o “comércio briga com a barriga das pessoas, por isso, também influencia a saúde e a vida”.

Por outro lado, Jailson Sousa, em representação da casa comercial “GRANDE MUNDO” disse que “esta pandemia impôs-nos um funcionamento mais abaixo da meia do habitual em termos de venda”, tendo acrescentando que “ mas, nós compreendemos por se tratar de uma questão de saúde pública”.

Jailson Sousa revelou que “nós também adoptamos algumas medidas de combate a Covid-19 aqui no nosso centro comercial em função das orientações das autoridades nacionais”, tendo sublinhado que “ temos por exemplo de respeitar o uso obrigatório de máscara e do distanciamento social”.

Em depoimento a STP-Press, outro operador económico do centro da capital de São Tomé, Mamabo Bolo, também nigeriano, considerou que “ os comerciantes estão atravessar um período bastante complicado quase sem rendimento para sustentar os seus negócios”, tendo por isso, laçando um apelo ao governo para “dar um atenção especial aos comerciantes de modo a se evitar casos de falência, encerramento ou mesmo o despedimento de trabalhadores.

Sobre a situação de despedimento dos trabalhadores, Mamabo Bolo atribuiu nota positiva ao governo face a medida de mitigação aos efeitos negativos da pandemia, sobretudo, na compensação remuneratória que tem estado a conceder aos afetados pela doença bem como outras compensações de modo “ a equilibrar a actua situação de crise”.

Partilhando, claramente as opiniões dos comerciantes, José Duarte, um dos compradores no centro da capital também considera que “ as coisas estão fria e praticamente paradas em termos de negócios com pouca circulação de dinheiro e, isto é mau para economia de um Pais”, mas diz reconhecer a necessidade das restrições, sublinhando que “ temos de combater a doença com contribuição e esforço de todos”.

“Temos de atacar a doença, mas, também ter o cuidado de proteger o sector privado e salvaguardar a economia” disse o comprador Duarte alertando as autoridades do País para o abastecimento do mercado, sobretudo, com produtos alimentares, argumentando que “ porque não sabemos quando irá terminar esta pandemia e de modo a que ela não se associe por exemplo a uma eventual crise alimentar ”.

Fim/RN e JL

Covid-19: São Tomé e Príncipe prioriza testes PCR no controlo da evolução da pandemia

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Por: Leonel Mendes, Jornalista da Agência de Notícias STP-Press

São Tomé, 23 de Jun. 2020 (STP-Press) – O ministro são-tomense da Saúde, Edgar Neves afirmou esta terça-feira que as autoridades sanitárias, dentro de 24 horas, passarão, a guiar-se nos resultados dos testes PCR, para seguirem a evolução da pandemia do Covid-19, – soube-se hoje em São Tomé.

Edgar Neves esclareceu que a utilização dos testes rápidos se resumirá ao campo do “rastreamento”, deixando a confirmação dos casos “exclusivamente nos resultados do PCR”.

Neves sustentou que esta medida será adoptada nas próximas 24 horas, garantindo maior fiabilidade dos resultados e que só será possível graças a entrada em funcionamento do novo Laboratório PCR (biologia molecular) ofertado pela Organização Mundial da Saúde, OMS.

Reconhecendo que o Laboratório ainda não está a funcionar na sua plenitude, estando condicionado a 10 testes diários, o ministro da Saúde garantiu que após a certificação das camaras de fluxo, nos próximos dias, este número irá aumentar gradualmente.

Edgar Neves elogiou o envolvimento dos profissionais da saúde, dos técnicos do Laboratório, dos parceiros vindos das organizações internacionais, bilaterais e multilaterais que tiveram “um papel muito importante para chegarmos onde chegamos”.

Destacou que a importância do novo Laboratório não se limita apenas ao combate ao Covid-19, mas no contexto geral da saúde em São Tomé e Príncipe, passados 45 anos de Independência.

Disse ainda que tão importante como o Laboratório no combate ao Covid-19 é o comportamento dos cidadãos no dia-a-dia

Alertou por isso ao envolvimento muito sério de todos, porque “não se vence a pandemia sem o envolvimento da população”, sob pena da doença sair fora do controlo das autoridades sanitárias.

Fim/LM

Ministro da Agricultura faz apresentação da equipa gestora do Projecto “Compram” de 25 milhões de dólares

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Por: Ricardo Neto e Jorge Lazaro da Agência de Notícias STP-Press

São-Tomé, 23 Jun ( STP-Press ) – O ministro são-tomense da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural,  Francisco Ramos presidiu hoje a cerimónia de apresentação oficial dos cinco membros da equipa de gestão do Projecto agrícola “Compram” financiado pelo FIDA em cerca de 25 milhões de dólares,  visando crescimento económico e sustentável do país, nos próximos seis anos.

Durante a cerimónia que decorreu esta manhã em CATAP, distrito de Mezochi, o ministro Francisco Ramos fez a apresentação, designadamente, de Carminda Veigas, a coordenadora do projecto, Carlos Sousa Ponte, contabilista, Jaruzelski Freitas, administradora-financeira, Abílio Cruz, Seguimento e Avaliação e Arlete Rosa, Responsável de Licitação, os cinco selecionados na sequência de um concurso público realizado para efeito.

Dirigindo-se aos cinco novos responsáveis pela gestão do projecto “Compram” para os próximos cinco anos, o ministro da Agricultura, Francisco Ramos sublinhou que “exigimos de vocês mais energia, porque nesta equipa de futebol nem queremos a equipa que entra para empatar, queremos que a equipa entra para ganhar”.

Francisco Ramos acrescentou ainda que “conforme a seleção foi criteriosa, a seleção continua a ver que posição os jogadores estão a jogar de modo que possam marcar golos, eis a razão que escolhemos profissionais de alto calibre”.

Este projecto de produção, comercialização agrícola e nutrição tem como pano de fundo a garantia de produtos agrícolas de qualidade a população através de créditos e investimentos no sector, designadamente, agricultura, pescas, pecuária e outras actividades económicas afins relativamente ao meio rural do arquipélago, a base, de um orçamento anual de 4,5 milhões de dólares.  

 Fim/RN

Covid-19: São Tomé e Príncipe regista mais 5 recuperações, igual número de casos positivos em 24 horas

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Texto: Ricardo Neto e Leonel Mendes ** Foto: Lourenço da Silva

São-Tomé, 23 Jun ( STP-Press ) – São Tomé e Príncipe registou hoje um total de 5 doentes recuperados da covid-19, igual aos 5 casos novos diagnosticados nas últimas 24 horas e que elevaram o total para 707 casos por acumulação, anunciou hoje a porta-voz do ministério da Saúde, Isabel Santos.

De acordo a porta-voz 5 doentes da Covid-19 foram recuperados nas últimas 24 horas, tendo o número de recuperações subido de 203 para 208 pessoas já recuperadas.

Igualmente foram registamos 5 novos casos positivos na sequência de um total de 29 testes rápidos realizados nas últimas 24 horas, tendo resultado, 23 negativos e 6 positivos, dos quais, somente 5 são casos novos.

O documento anuncia um total de 707 casos positivos por acumulação, dos quais, 482 encontram-se em isolamento domiciliar e 5 internados no hospital de campanha.

A porta-voz do ministério da saúde anunciou 2 pacientes suspeitos nos serviços sintomáticos respiratórios, uma pessoa em isolamento domiciliar na Região Autónoma do Príncipe,  enquanto o número de óbitos mantém-se em 12.

Fim/RN

Covid-19: Apanhando água com cesto?

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Foto: Lourenço da Silva, Fotojornalista da Agência de Notícias STP-Press

Por: Telmo Trindade, Jornalista da Agência de Notícias STP-Press

São Tomé, 23 Jun ( STP-Press ) – O mundo vive psicologicamente abalado pela pandemia do novo coronavírus. Apareceu, como se do nada, ceifando vidas humanas, instalando o medo.

Ao princípio, não se podia imaginar a dimensão do surto, tanto é que enquanto a Organização Mundial de Saúde começava a alertar para a sua gravidade tanto para a saúde pública como para a economia ao nível global, altos dirigentes e religiosos de alguns grandes Estados marimbavam-se, dizendo publicamente tratar-se apenas de uma simples gripe ou gripezinha. Como consequência, o cidadão comum não ligava para as medidas de prevenção que eram anunciadas aqui e acolá através dos órgãos de comunicação social e não só.

Foto: Lourenço da Silva

E a “gripezinha”, agradecendo, foi mostrando a sua natureza maquiavélica, atravessando fronteiras de norte ao sul, do leste ao oeste. Os cépticos quando de facto despertaram, só tiveram que passar a contabilizar as vitimas, vezes até atabalhoadamente, com medo de mais vítimas. Além disso, com aquela pergunta lá bem dentro: “Serei a próxima vítima?”.

Mas o que me deixa perplexo e daí a razão deste curto artigo, é a forma como, em São-Tomé e Príncipe, as pessoas lidam com o assunto, vivem o dia-a-dia e se comportam com o meio-ambiente.

Autêntico paradoxo.

Foto: Lourenço da Silva

Primeiro, euforia do topo a base face as constatações iniciais de que “STP não tem essa doença”.

Segundo, balde de água fria decorrente das informações sobre os quatro primeiros casos de infecção no país.

Terceiro, tais informações não correspondem a verdade, pois os resultados foram adulterados.

Quarto, STP afinal tem sim. E daí os números disparam.

Ora, seguindo as directrizes da OMS e do Governo, foram accionados e depois reforçados mecanismos de prevenção para se evitar a propagação. Distanciamento social e confinamento, uso obrigatório de máscaras  bem como regras de higiene. Lavar as mãos com água e sabão durante cerca de vinte segundos, várias vezes ao dia. Tudo bem.

Porém, enquanto também aqui o covid–19 está presente, sem nos descurarmos do paludismo nem da celulite necrotizante ou de outras patologias, vamos convivendo a cada dia e sempre a crescer, com algo que pode brigar com todo o esforço contra as enfermidades; o lixo.

Foto: Lourenço da Silva

Na zona de Penha, temos a secular lixeira. Em toda a sua periferia, residem várias pessoas que sistematicamente têm moscas como companheiras ou visitantes, além de inalarem o fumo da queima de tudo quanto nela se deita. Nessa lixeira, todo o tipo de detrito é depositado (géneros alimentícios ultrapassados, animais mortos, batarias, etc , etc ) e como se não bastasse, até mesmo dentro do riacho que por lá passa e cujas águas são utlizadas por pessoas que mais abaixo vivem.

E como se não bastasse, vão surgindo mais lixeiras e em locais outrora impensáveis. Não só no mundo rural. Também lamentável e vergonhosamente na capital, mesmo a frente de edifícios públicos.  Onde há contentores de lixo, o lixo é caprichosamente atirado para o chão.

Foto: Lourenço da Silva

Até parece uma mórbida atracção pela proliferação do lixo.

Num cenário destes, como é que podemos pretender sucessos no combate a enfermidades, se nós promovemos as enfermidades com as nossas práticas diárias?

É como que apanhar água com cesto.

Fim/TT

Covid-19: Comité Olímpico concede cestas básicas aos atletas para mitigar os efeitos da pandemia

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Texto: Manuel Dênde **Foto: António Amaral “InterMamata”

São Tomé, 23 Jun. (STP-Press) – O Comité Olímpico Internacional (COI) concedeu, auxílio humanitário a sua filial local em São Tomé e Príncipe, para mitigar os efeitos negativos de Covid-19 no País, – informou o líder local do Comité Olímpico, João Costa Alegre.

Segundo Costa Alegre em declarações a imprensa em São Tomé, além de 500 mascaras faciais, atribuiu-se também cestas básicas compostas por produtos alimentares e de higiene aos atletas de diversas modalidades desportivas de São Tomé e Príncipe.

De acordo ainda com o líder do COSTP, que é igualmente, Presidente da Confederação Africana de Canoagem e Vice-presidente do COI, além de acções humanitárias, COSTP vai desenvolver iniciativas ambientais com intuito de fortalecer saúde ambiental em São Tomé e Príncipe.

A luz desta iniciativa ambiental, segundo Costa Alegre, a sua organização vai plantar, por exemplo, árvores de fruto nomeadamente laranjeiras, casamenteiras, mangueiras e outras plantas a fim de salvaguardar o bem comum no Centro Olimpáfrica em São Tomé.

A exceção dos atletas de futebol, primeiros a beneficiarem de cestas básicas doadas pela respectiva federação, com auxílio da FIFA e da Confederação Africana da modalidade, beneficiaram com acção humanitária do COI, 14 federações locais que constituem o Movimento Olímpico local.

Sublinha-se que essa campanha filantrópica surge, um dia antes da data de criação do Comité Olímpico Internacional, em 23 de Junho de 1894, em Paris (França).

A luz da pandemia de Covid-19 que afecta o Mundo e que atrapalha calendários de jogos internacionais, o comité organizador japonês dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 reajustou novas datas comportando nomeadamente que o maior evento desportivo do Mundo realizar-se-á de 23 de Julho e 8 de Agosto de 2021.

O Comité Olímpico Internacional (COI) é uma organização não-governamental formada por iniciativa de Pierre de Coubertin, e que visava reinstituir os Jogos Olímpicos realizados na antiga Grécia e organizar e promover a sua realização de quatro em quatro anos.

O COI é financiado através de publicidade e comercialização de artigos comemorativos dos Jogos e através da venda dos direitos de transmissão dos eventos Olímpicos.

Fim/MD

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